06 março 2016

Manual de convivência para pais separados ( Pensando na educação)


Hoje quero começar dizendo que qualquer separação,  traumática ou mesmo amigável, mudará a rotina dos filhos e o modo como serão educados. No entanto, uma separação traumática, (repleta de conflitos entre os pais e cheia de pontos não resolvidos no relacionamento que não vingou) será um obstáculo para esses pais atuarem na educação da criança. muitas vezes SE DESENVOLVE UMA competIÇÃO pela educação dos filhos e isso sem dúvida se torna muito preocupante porque causa confusão, medo e insegurança na criança.








Manter o diálogo, trocar experiências e suas próprias ideias, ouvir e negociar são sempre os caminhos que nos levam acertar em relação à educação dos nossos filhos. Em uma separação, manter o relacionamento nestes parâmetros é importante para os filhos e para os pais também. É possível conviver, criar os filhos, de forma feliz e tranquila mesmo que os pais morem em casas separadas, e sou prova disso. 
Hoje vim apontar algumas coisas que acho de extrema importância que se veja com outros olhos e faça parte de uma dinâmica familiar saudável. 
Existe muito CONFLITO DE VALORES ENTRE PAIS separados e isso origina uma insegurança na criança preocupante. Uma separação é, na maioria das vezes, um abalo na vida de uma criança porque muda sua rotina, divide seu tempo, seus ambientes de convivência, suas figuras de apego (vovôs, vovós) e outras pessoas da sua convivência anterior. Se a dissolução deste casal se der de forma mais tranquila e conversada,a educação da criança terá mais chances de se tornar um processo corresponsável.Quando a criança, percebe que os pais estão empenhados em educá-la, sente-se segura porque há uma confirmação de valores entre ambos e isto a criança sente e absorve como sendo a sua verdade. Quando há conflitos na hora de ensinar valores, do que pode ou não pode e ainda do que é certo ou errado, a criança fica confusa, e há um impacto direto nas relações que ela começa a estabelecer com outras crianças.Você não pode Impedir QUE O OUTRO PARTICIPE NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS. O fato de querer impedir um pai ou mãe de participar da educação dos filhos, como forma de punição ou vingança, pode trazer consequências importantes na formação da personalidade das crianças. 








"CEDER DEMAIS" COSTUMA SER MOEDA DE TROCA PARA PAIS SEPARADOS. Um deixa fazer tal coisa e o outro não, outra série de conflitos surge. Os filhos, sem saber como julgar a melhor opção, escolhem a que mais lhe convém ou a que vai lhe proporcionar uma satisfação, muitas vezes imediata, sem avaliar tudo o mais que envolve esta escolha. Por isso CRIEM UM ESPAÇO PARA O DIÁLOGO SOBRE A EDUCAÇÃO DA CRIANÇA. Muitas vezes, a dificuldade de comunicação entre os pais é o fator de impedimento na transmissão da educação. Por isso, à medida que os filhos crescem, surgem novas necessidades e desafios e os pais devem estar atentos a isto. Ter uma postura acolhedora, ouvir as opiniões diferentes e criar espaço para estas diferenças é o caminho mais próximo para o entendimento e solução de conflitos.




AMBOS SÃO PARTE DA EDUCAÇÃO DOS FILHOS.Pais separados devem entender que ambos fazem parte da vida da criança e, por consequência, têm que exercer seus papéis ativamente para que os filhos cresçam e se desenvolvam bem e felizes. Ouvir, dialogar e negociar é sempre o caminho para conseguirmos maiores acertos no que se refere à educação dos pequenos. Durante esse diálogo cumpra com o negociado e jamais , nunca INCENTIVE SEU FILHO A "TOMAR PARTIDO". Utilizar os filhos como forma de vingança em relação ao ex-cônjuge é muito prejudicial na formação desta criança que, muitas vezes, não possui maturidade emocional para compreender as razões da separação. Quando a criança é induzida a 'tomar partido' de um dos pais, se estabelecem relações de enfrentamento e com isto decepções, sofrimentos, cobranças, mágoas e distanciamento emocional entre as figuras que deveriam proteger, acolher e encaminhar, que são os pais. Não deixe que essa confusão toda chegue ao ponto de uma ALIENAÇÃO PARENTAL. Outro erro comumente cometido entre casais que se separam é a alienação parental, que é quando um dos pais impede a criança de ter contato ou se relacionar com a outra figura parental (mãe ou pai). 

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