12 janeiro 2016

O assunto é : Madrastas.

A felicidade individual se tornou razão legítima para romper o vínculo do casal, diferentemente do passado quando o casamento sobrevivia em nome da união familiar”, afirma a Dra. Mariagrazia Marini. 

Como sou separada do pai do Pedro, surgem muitas perguntas sobre todas as questões que envolvem esse tipo de assunto em minha vida e uma das perguntas que mais recebo é : Como vejo a questão da madrasta e padrasto na vida do Pedro e como tudo isso funciona em minha concepção. Então vamos lá. Vou contar a minha realidade.




Algumas madrastas se sentem desrespeitadas pelos enteados, injustiçadas pelos maridos e confrontadas por suas ex-esposas e isso quase sempre é comum. É comum a mulher se queixar da desobediência dos enteados e muitas vezes não sabe que decisão tomar, até porque a mãe não deixaria que qualquer decisão fosse tomada assim, sem o consentimento da mesma né ? E quando o filho é pequeno ainda, xiii, piora a situação, o lema é ; Não toque no meu filho e verás ... né

As pessoas se separam para fugir de determinadas tensões e, ao se casar de novo, substituem essas tensões por outras. Por aqui todo mundo sabe que me dou muito bem com o pai do Pedro, mas não tenho e nem quero nenhum tipo de relação e conversa com a atual companheira dele, isso pode ser um problema ? Sim, é um problema ! kkk Mas no meu caso, diríamos que solução. A boa relação NUNCA foi possível, tentada inicialmente, confesso, mas não deu mesmo. 

Muitos homens em segundos e terceiros casamentos reclamam da rotina de ciúme e desentendimentos envolvendo filhos, ex-mulher e atual mulher. Eu sonhei em ter como parceria uma madrasta digamos que diferente, em que eu pudesse dividir toda a educação do Pedro com ela, mas como não aconteceu, por conflitos maiores, não me faltaram obstáculos para a harmonia nos novos núcleos, então tive que pensar pensar e pensar... Vi alguns pontos, (além dos problemas pessoais) que eu não podia deixar que o Pedro sentisse na pele o que estava acontecendo, como por exemplo, o desrespeito com o passado presente e reputação do outro. Palavrões , essas coisas , que alguns adultos gostam. Sob pressão de dois – ou mais – lados, os homens muitas vezes se calam, o que faz o problema crescer e quando já está grande a forma de resolver também tem que vir de lugares grandes, como dos céus kkkk. Eu não sei bem o motivo e na verdade, me parece que eles receiam que o casamento fracasse novamente e acabam cedendo à mulher para encerrar o assunto. Olha só gente, eu estou longe de ser santa, se sou calma, sou muito calma, mas se sou estressada, sou muito estressada, então, não me desrespeite. Eu tive muitos problemas com isso. Me parte o coração saber que EU NÃO QUERO e NÃO EXISTE condições favoráveis e nem negociáveis de uma boa harmonia corpo presente entre nós. Quando isso acontece você infelizmente terá que ATURAR kk ( essa é a palavra)  a proximidade entre os companheiros atuais de seus “ex” – e vice-versa com seus filhos, se não a má influência nossa também chega, indiretamente, através das crianças. A “crise de fidelidade” dos filhos em relação ao pai ou à mãe responsável pela desavença começa a acontecer e eles se tornam agressivos com o padrasto ou a madrasta, fazendo transbordar o ciúme, e nem de longe eu quero isso. O pedro tem uma boa relação com o Alisson e com ele nunca tivemos problemas. Eu tive vários e sérios problemas que me fizeram pensar que se eu não poderia empurrar a boa convivência e respeitar sozinha ela na caminhada, eu poderia PELO MENOS conservar o modelo adequado na educação do meu filho, então eu ESCOLHI fazer o seguinte, as agressões e afrontas  EU IGNORO, a falta de respeito EU IGNORO, e a proximidade EU EVITO, infelizmente não tenho motivos para AFASTAR meu filho do núcleo onde o pai vive, e não pretendo, mas não é uma caminhada fácil de seguir. 

Quando me separei não achei que eu fosse ter problemas com esse tipo de coisa, porque como sempre digo, a minha relação com o Pai do Pedro sempre foi ilustre e sem brigas, mas desde que uma terceira pessoa passou a atuar entre nós, tudo virou infernal em relação a algumas situações. O pedro já chegou várias vezes falando coisas que eu não queria escutar e o PIOR : EU SEMPRE TENHO QUE MANTER O CONTROLE por ser a MÃE ( a responsabilidade sempre cai mais em nós né ? E a margem de erro sempre deve ser menor , falam as más línguas). O que é difícil demais pra mim. Sou humana e preciso confessar a vocês, muito não aconteceu porque AINDA PENSO NO PEDRO , mas as situações pediam que algo fosse resolvido de forma bem avassaladora sabe ? Porque manter o equilíbrio diante de mentiras, desrespeito, afrontas, ciúmes, mimimi,  é muito difícil, se é que me entendem.. 
Para compreender o clima emocional destas famílias, é necessário analisar como se processou a separação, com o seu cortejo de conflitos, de emoções e de mudanças, analisar a constituição do novo casal e a definição das novas funções parentais. Eu não pretendo ser amiga da companheira do pai do meu filho, mas mantenho a distância com RESPEITO , que é o que deve existir, mesmo que não seja recíproco. Devemos lembrar que o diálogo é a receita básica para reorganizar a família, mas se não existir diálogo e nem a possibilidade do mesmo, a conversa com seu ex companheiro pode resolver se for estabelecido alguns limites. Caso não resolva, JUSTIÇA, é o melhor caminho. 
Quando a madrasta não aceita o enteado, na verdade não está a aceitar o passado do marido. Isso sempre dizem né ? Mas acho que muitas devem pensar no que seria ACEITAR o enteado. Aceitar ele implica também respeitar a mãe dele. Um filho é um vínculo de carne e osso com a ex-mulher.  Eu sempre estarei intimamente ligada ao pai dele pela boa relação. Mas, o leva e traz de uma casa para outra é muito comum  em casos de separação e usar as crianças como “pombos-correios” é um desrespeito às crianças, o que acaba sendo a não aceitação com harmonia da criança e isso não pode partir de apenas um lado , e sim de todos. E não menos importante, se a criança insiste em INVENTAR (como muitas dizem) os recadinhos e conversas, a criança aí já sentiu toda a situação e algo terá que ser feito para mudar isso. No próximo post, vou contar a vocês algumas coisas que mudei em minha didática familiar para que eu pudesse superar esse problema que passei em minha vida. Por mais difícil que seja respeitar nessas situações é preciso, lembrem-se disso ! Se não por outro motivo, pelos nossos filhos ! 

A vida em família é uma eterna “negociação”. Seja qual for o seu tipo, há um objetivo comum, o de constituir uma família o mais funcional e harmoniosa possível, onde existe amor, respeito e partilha.


Não leve aquela história de que todas as madrastas são más. Nem todas são como as das histórias infantis. 


 Sua história é assim? Envie para nós, vou adorar colocá-la aqui.

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