09 julho 2016

Mães na balada: Novas mães, novos tempos.


E como adoro pesquisar sobre tudo, olhem essa matéria que eu achei da revista Estadão:
“Novos tempos, novas mães. E tem de todos os tipos. Famosa, executiva e até mesmo baladeira. Cada uma a seu jeito, elas procuram fazer o máximo para manter a prole em segurança. Montam esquemas com ajuda de parentes e empregados para que nada falte quando estiverem ausentes – sim, porque a grande maioria trabalha. Para não perder momentos importantes dos pequenos, fazem verdadeiros malabarismos. Vale levar o laptop para a escola do filho. Assim, enquanto o acompanham na fase de adaptação, administram o escritório de longe. Também vale levar o filho para o trabalho.
“Hoje não podemos falar em padrão”, diz Lídia Aratangy, terapeuta de família. “A família está em mutação. Há uma maior flexibilidade na maneira de exercer os papéis e, por isso, vemos mães de todos os tipos.” Isso quer dizer que elas estão desenvolvendo estilos coerentes com a personalidade, sem tentar repetir padrões estabelecidos por gerações passadas. “Isso traz um conforto maior e, ao mesmo tempo, uma certa insegurança, pois fica mais difícil para ela avaliar se está sendo boa mãe.”



E é com base nesse pequeno texto que encontrei vasculhando o Mr Google, que inicio um post que há muito tempo já queria fazer comentário por aqui.

Não é novidade pra ninguém que lê tudo por aqui, que o Pedro não foi planejado para minha rotina, claro que quando recebemos a noticia, a abraçamos, porém de fato não foi nada planejado, assim como para a maioria de algumas de vocês. Eu tinha muitos planos, embora eu já estivesse casada, eu ainda assim tinha planos de categoria jovem digamos assim ( risos).  Gosto muito de sair, de dançar, de balada, de forró, de festa, de sair com amigos para beber, conversar e dar boas risadas, além de tudo isso, não consigo ficar parada no assunto trabalho e estudo, e isso faz com que minha rotina fique mais louca e corrida, já que nunca fico exercendo uma função apenas. Desde que o Pedro nasceu, isso sem dúvidas, parou de existir com a mesma frequência e lá nos vemos em um eterno malabarismo materno, exercendo funções múltiplas e encontrando soluções pela tangente para satisfazer também o lado "mulher" da coisa. 

No começo, isso não me fazia muita falta, mas ai eu fui arrumando um jeitinho aqui e ali pra voltar ao pique, e fui saindo aos poucos novamente. Acho que poucos daqui sabem, mas passei um ano bem difícil em minha vida quando o Pedro estava com dois anos mais ou menos e nesse momento, mesmo que o recomendável para minha saúde fosse: "ter repouso", eu não o tive. E em uma dessas escapadas sair estava o sendo o meu maior cano de escape. 
Foi junto com os problemas que vieram a falta de ver gente, falta de dar risada, falta da diversão, simples assim (obvio que já tinha saído outras vezes, mas sempre me sentia culpada, queria ir embora dos lugares com medo do que as pessoas iriam dizer pelo Pedro está com o pai enquanto eu estava curtindo o "meu momento"). 

Pra ser bem sincera pra vocês, isso acabou, já não existe culpa em mim desde mais ou menos o ano passado, quando saio sem medo e sem receio por estar vivendo o "meu momento como mulher". Tudo começou quando em um certo dia, eu olhei pra mim mesma, e disse : ora, eu vou sair sim! PAREI DE PENSAR e acreditem, eu me diverti muito, foi nesse momento que senti que a culpa jamais iria ser minha companheira. Hoje em dia, não importam o que digam, o pensem, eu sou a mãe do Pedro quando estou com o Pedro, e sou Thais quando estou sem ele. 

Há muito tempo já me divirto, NUUUUNCA bebi na frente do Pedro, nunca levei ele á lugares assim, nunca entrei em um bar para beber, curtir ou conversar estando com o Pedro, NUNCA faço nada em casa que envolva bebida e coisas de adultos estando com o Pedro. Continuo achando que isso ainda não é um ambiente adequado para ele, por ainda ser criança, e tudo no seu tempo, mas também não critico quem leva e não vivo falando do jeito materno de ninguém, assim como não gosto que ninguém julgue o meu. Em uma festa eu me jogo, comigo não tem essa mais de ficar com culpa, até porque eu só saio se eu estiver certeza de que ele estará  MUITO BEM guardado e cuidado. Caso contrário, cancelo para mim mesma. 
 Acho engraçado o pensamento das pessoas: Se você tem 35 anos e tem um filho, deixa ele com o pai/tia/avó, você é bem resolvida; agora se você tem 20 e faz o mesmo, você é imatura, inconsequente. A verdade é que não importa o que você faça, o pré julgamento já existe, então seja feliz.
Acho apenas que tudo precisa ter um limite, você só não pode esquecer que também tem responsabilidades e que ser mãe é uma delas. Não precisa fazer da maternidade um inferno, é só viver dentro dos seus padrões. Não precisa se anular, você é mãe e também MULHER. 


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