Antes de engravidar pela primeira vez eu sonhava em ser atriz, mas sempre fui muito avoada, inconsequente...até que a inconseqüência e falta de limite me levaram a engravidar a primeira vez.
Eu estava saindo muito, e a um mês havia descoberto a síndrome do pânico, depois de frequentar diversas idas a emergência, descobriram que tinha o tal "pânico". Fiquei internada durante um mês, pois não me alimentava bem e levava uma "vidalouca".
Saindo da clínica tomando diversas medicações, voltei a sair e a beber, sai com um rapaz de quem gostava muito, mas em apenas uma vez foi o suficiente para engravidar de minha primeira filha, aos 18 anos.
Descobri a gravidez e absurdamente fiquei feliz quando ouvi que o resultado era positivo pro teste. Parecia uma luz no fim do tunel. Não sei explicar ao certo. Sei que na hora fui tomada por uma alegria imensa. Liguei para a minha mãe e ela perguntou porque eu tava no hospital . Perguntou se era algo grave ou "grávido", assim descobrindo o que se passava. Logo assumiu comigo a gravidez comigo, enquanto o pai da criança só me mandou abortar e infernizou até eu pedir pra que ele nos deixasse em paz se não queria ajudar.
Sofri muito. Engordei 30 kg, de 49 fui a 79kg, entrei em extrema depressão e raspei minha cabeça.Pensava em desistir...pois embora estivesse enfrentando a situação, no fundo não sentia que amava aquele ser na barriga . Sentimento que mudou ao ver meu pequeno bebê saindo de mim. Hoje ela é meu tudo, embora eu tenha tido deslizes no caminho e de forma inconsequente, talvez no fundo certeira, eu tenha engravidado mais uma vez aos 20. E agora aos 27.
Foi uma mudança lenta e ainda tem sido. Mudou a questão da responsabilidade para com a minha família, com relação a dinheiro. Trabalhei, sempre fui muito comprometida. Então o mais difícil foi dar menos atenção pro lado profissional e focar nas crianças.
Nunca deixei de sair a noite, talvez esse fator venha a mudar só agora. Não deixei de fazer nada. Talvez só tenha aprendido e lucrado. Aprendido a amar de verdade.Ser paciente, doce e fazer de conta que sei responder todas as perguntas do mundo pras dúvidas mais malucas dos meus filhos.
Nesse mesmo círculo vicioso. Voltei a tomar a medicação para SP e beber e beber. Logo estava saindo com um rapaz, saímos duas vezes pra ser exata.
Durante três meses não fiz teste algum, mas sabia que tinha algo errado. Contei aos amigos, ao pai da criança e a minha mãe. Ninguém aceitou ! Mais uma vez o pai outro pai não aceitou ! Minha vontade era sumir, tinha raiva de mim por ter cometido o mesmo erro, mas nunca cogitei abortar, diferente de todos ao meu redor.
O sentido inicial dessa minha segunda gravidez foi superação de força e desligamento de laços pra aceitar o meu sim ou meu não, independente da opinião dos outros. Foi muito doloroso.
Voltei a morar de favor da casa do meu pai, com dificuldades como a maioria das pessoas que conheço. Mas com força e vontade fomos superando. Sempre com a doce iluminada presenca da minha filha, que tornou até a vinda do irmão mais amena depois de tanto sofrimento, afinal, éramos uma família. Sofri muito achando pela segunda vez que nunca mais acharia o amor da minha vida tendo dois filhos.
E ai achei , depois dos dois...( só que teve um pequeno problema, era meu amor e não eu o dele...).
Namoramos por quase três anos. Ele era legal com meus filhos, meus filhos gostavam dele, era especial o que tínhamos, mas nada de comercial de margarina, a vida como ela é eu diria. Pois bem...eles sentem falta dele até hoje e eu também . Desiludida com o fim do namoro. Lá fui eu...sair e beber de novo...fui pra internet num tal de "tinder" conheci um cara, sai uma vez e pronto. Três semanas eu já tinha certeza do que havia acontecido.
Ele não quis assumir, e a história se repete , mesma história se repetindo.
Pensei em morrer pela dor que senti: como eu poderia ter força, como seria eu fazer isso de novo de forma tal descuidada ?? Me culpei e me puni de todas as maneiras, mas no fundo só torcia por resolver tudo logo e queria ficar bem com meus filhos, olhar pra frente.
Nunca tive medo de desafio no que diz respeito a trabalho. Já vendi apartamentos, fui caixa, auxiliar administrativo, produtora cultural,produtora de eventos, atriz, já panfleteei , ja fui promotora de produto em farmacia e supermercado, fiz lanches pra vender nos parques,ja trabalhei como atendente de telemarketing, ja fui animadora de festas, já fiz pesquisa de casa em casa, já revendi bijuterias nas estações, já trabalhei em produtora, empresa privada, rua e casa. Mas nunca deixei de correr atrás de dinheiro pra criar meus filhos e sempre consegui!Claro que me desesperei em vários momentos, mas sempre que caia descobria mais força em mim.
Descobri a gravidez e absurdamente fiquei feliz quando ouvi que o resultado era positivo pro teste. Parecia uma luz no fim do tunel. Não sei explicar ao certo. Sei que na hora fui tomada por uma alegria imensa. Liguei para a minha mãe e ela perguntou porque eu tava no hospital . Perguntou se era algo grave ou "grávido", assim descobrindo o que se passava. Logo assumiu comigo a gravidez comigo, enquanto o pai da criança só me mandou abortar e infernizou até eu pedir pra que ele nos deixasse em paz se não queria ajudar.
Sofri muito. Engordei 30 kg, de 49 fui a 79kg, entrei em extrema depressão e raspei minha cabeça.Pensava em desistir...pois embora estivesse enfrentando a situação, no fundo não sentia que amava aquele ser na barriga . Sentimento que mudou ao ver meu pequeno bebê saindo de mim. Hoje ela é meu tudo, embora eu tenha tido deslizes no caminho e de forma inconsequente, talvez no fundo certeira, eu tenha engravidado mais uma vez aos 20. E agora aos 27.
Foi uma mudança lenta e ainda tem sido. Mudou a questão da responsabilidade para com a minha família, com relação a dinheiro. Trabalhei, sempre fui muito comprometida. Então o mais difícil foi dar menos atenção pro lado profissional e focar nas crianças.
Nunca deixei de sair a noite, talvez esse fator venha a mudar só agora. Não deixei de fazer nada. Talvez só tenha aprendido e lucrado. Aprendido a amar de verdade.Ser paciente, doce e fazer de conta que sei responder todas as perguntas do mundo pras dúvidas mais malucas dos meus filhos.
Nesse mesmo círculo vicioso. Voltei a tomar a medicação para SP e beber e beber. Logo estava saindo com um rapaz, saímos duas vezes pra ser exata.
Durante três meses não fiz teste algum, mas sabia que tinha algo errado. Contei aos amigos, ao pai da criança e a minha mãe. Ninguém aceitou ! Mais uma vez o pai outro pai não aceitou ! Minha vontade era sumir, tinha raiva de mim por ter cometido o mesmo erro, mas nunca cogitei abortar, diferente de todos ao meu redor.
O sentido inicial dessa minha segunda gravidez foi superação de força e desligamento de laços pra aceitar o meu sim ou meu não, independente da opinião dos outros. Foi muito doloroso.
Voltei a morar de favor da casa do meu pai, com dificuldades como a maioria das pessoas que conheço. Mas com força e vontade fomos superando. Sempre com a doce iluminada presenca da minha filha, que tornou até a vinda do irmão mais amena depois de tanto sofrimento, afinal, éramos uma família. Sofri muito achando pela segunda vez que nunca mais acharia o amor da minha vida tendo dois filhos.
E ai achei , depois dos dois...( só que teve um pequeno problema, era meu amor e não eu o dele...).
Namoramos por quase três anos. Ele era legal com meus filhos, meus filhos gostavam dele, era especial o que tínhamos, mas nada de comercial de margarina, a vida como ela é eu diria. Pois bem...eles sentem falta dele até hoje e eu também . Desiludida com o fim do namoro. Lá fui eu...sair e beber de novo...fui pra internet num tal de "tinder" conheci um cara, sai uma vez e pronto. Três semanas eu já tinha certeza do que havia acontecido.
Ele não quis assumir, e a história se repete , mesma história se repetindo.
Pensei em morrer pela dor que senti: como eu poderia ter força, como seria eu fazer isso de novo de forma tal descuidada ?? Me culpei e me puni de todas as maneiras, mas no fundo só torcia por resolver tudo logo e queria ficar bem com meus filhos, olhar pra frente.
Nunca tive medo de desafio no que diz respeito a trabalho. Já vendi apartamentos, fui caixa, auxiliar administrativo, produtora cultural,produtora de eventos, atriz, já panfleteei , ja fui promotora de produto em farmacia e supermercado, fiz lanches pra vender nos parques,ja trabalhei como atendente de telemarketing, ja fui animadora de festas, já fiz pesquisa de casa em casa, já revendi bijuterias nas estações, já trabalhei em produtora, empresa privada, rua e casa. Mas nunca deixei de correr atrás de dinheiro pra criar meus filhos e sempre consegui!Claro que me desesperei em vários momentos, mas sempre que caia descobria mais força em mim.
Hoje depois de muito me importar com o que os outros pensam, sofrer, cair e me reerguer, só penso em seguir em frente. Vivendo um dia de cada vez. Finalmente me sinto plena, sinto que descobri minha vocação que e criar esses três da melhor forma. Se o amor ainda vai acontecer? Já aconteceu ...esses dois são tudo pra mim, meus desejos se refletem em realização pra eles diariamente e meu terceiro filho a caminho é a semente pra mais descobertas, alegrias e renovações em nossas vidas. Pergunto a Deus todos os dias o que fiz pra merecer esses filhos...eu que sempre fui tão cabeça oca, louca. Não sei de verdade, mas tenho sido a melhor mãe que acredito que alguém pode ter...demorou mas hoje sou
!
O que ficou de bom em mim depois dos meus filhos ? Me sinto mais forte e mais segura. Antes eu era 90% insegura em tudo que fazia. Muitas vezes me senti sozinha e sempre odiei isso . Nessa terceira gravidez que sinto ainda mais, pela primeira vez amo essa sensação de estar tocando a vida um dia de cada vez, luto sem cansar todos os dias, mesmo aqueles dias de merda e desespero.
Lutei em minha maternidade contra o que os outros diziam e pensavam, mas principalmente comigo mesma. Tinha muito preconceito com mulher solteira e filho, não fazia ideia do quão machista era... Só quero ver essa gravidez como uma luz divina e me agarre o nessa chance de recomeço pra mim e meus filhos. Só penso que quero fazer tudo valer a pena. Penso em olhar pra frente. Ama-los sem medida até o fim e ser uma companheira guerreira ao lado deles, de forma arrebatadora e incansável.
O que ficou de bom em mim depois dos meus filhos ? Me sinto mais forte e mais segura. Antes eu era 90% insegura em tudo que fazia. Muitas vezes me senti sozinha e sempre odiei isso . Nessa terceira gravidez que sinto ainda mais, pela primeira vez amo essa sensação de estar tocando a vida um dia de cada vez, luto sem cansar todos os dias, mesmo aqueles dias de merda e desespero.
Lutei em minha maternidade contra o que os outros diziam e pensavam, mas principalmente comigo mesma. Tinha muito preconceito com mulher solteira e filho, não fazia ideia do quão machista era... Só quero ver essa gravidez como uma luz divina e me agarre o nessa chance de recomeço pra mim e meus filhos. Só penso que quero fazer tudo valer a pena. Penso em olhar pra frente. Ama-los sem medida até o fim e ser uma companheira guerreira ao lado deles, de forma arrebatadora e incansável.
Foi uma mudança lenta e ainda tem sido.
Mudou a questão da responsabilidade para com a minha família, com relação a dinheiro. Trabalho sempre fui muito comprometida. Então o mais difícil foi dar menos atenção pro lado profissional e focar nas crianças.Sem dúvida amadureci muito, me tornei alguém melhor, hoje até alguém que gosto e me orgulho. Mãe de três filhos de tres pais diferentes, onde os três sugeriram abortar e eu fui ate o fim pra ter meus filhos sem contar com eles. E hoje de um jeito meio torto estão ai e são seres do bem, iluminados e educados pela taxada de " doida" aqui.
Nessa terceira gravidez mudou muito minha relação com amizade, descartei muita gente superficial da minha vida e pessoas que me magoaram ou magoei, estou tentando recomeçar do zero, de verdade.
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